Capital de giro para enfrentar a crise: como controlar!
Capital de giro para enfrentar a crise: como controlar!
No cenário de pandemia do novo coronavírus, controlar o capital de giro para enfrentar a crise é essencial à sobrevivência do negócio.
Nesse momento, recursos em caixa funcionam como uma reserva para cobrir despesas da empresa durante o período de redução no faturamento e instabilidade econômica.
A preservação do capital de giro é primordial sobretudo para micro, pequenas e médias empresas, que não dispõem de tanto fôlego financeiro..
Confira as dicas a seguir para controlar o capital de giro, enfrentar a crise de frente e sair mais forte lá na frente.
Tempo de Leitura: 15 min
Importância do capital de giro na crise
O capital de giro é aquele dinheiro que faz a empresa girar, quase literalmente. Por isso, trata-se de valores que são usados no curto prazo e são essenciais para a manutenção das atividades do negócio.
No cenário atual de crise ocasionada pela pandemia do novo coronavírus, esse recurso é essencial para a sobrevivência da empresa.
Afinal, a crise já tem demonstrado seus impactos econômicos sobre as empresas — principalmente sobre os micro e pequenos negócios.
Com a redução do faturamento, fica difícil evitar a inadimplência, quitar as folhas de pagamento e dar continuidade às operações.
E é justamente para evitar o agravamento desses problemas que o capital de giro é tão importante.
Ele garante que a empresa se mantenha durante a crise, em um cenário de incertezas, sem a necessidade de recorrer a empréstimos em um primeiro momento.
Como controlar o capital de giro na crise
Para manter o capital de giro para enfrentar a crise, você precisa dar uma atenção especial ao planejamento financeiro da empresa.
Confira abaixo quatro medidas para colocar em prática o mais rápido possível.
Atenção às contas a pagar e receber
O passo inicial é manter um controle rígido do fluxo de caixa e definir valores de contas a pagar e receber nos próximos meses.
É uma etapa essencial para definir o capital de giro necessário para contornar os efeitos da crise e saber quanto a empresa tem disponível atualmente para arcar com os custos, considerando a redução nas vendas.
Nessa hora, planilhas e plataformas de gestão financeira ajudam a manter um controle rigoroso sobre o capital de giro e reduzir erros nas previsões e cálculos financeiros.
Visão de longo prazo
É claro que medidas emergenciais são imprescindíveis na crise.
Mas você não deve se esquecer de planejar no longo prazo, sobretudo porque a recuperação financeira se estende além do período da crise em si.
Sendo assim, considere as medidas necessárias para uma retomada da saúde financeira do negócio depois da turbulência, definindo o capital de giro necessário para colocar a empresa nos eixos novamente.
Projeção de inadimplência
Com a crise do Covid-19, além da redução nas vendas, você corre o risco de ter um índice maior de clientes inadimplentes.
Afinal, a crise afeta também as finanças da população de uma maneira geral.
Então, a dica é fazer uma projeção financeira realista para os próximos três meses no mínimo.
Estime a inadimplência para saber quanto capital de giro será necessário para cobrir a lacuna no recebimento dos valores de vendas.
Revisão de custos
A manutenção do capital de giro em cenário de crise passa pela revisão criteriosa dos custos do negócio.
Veja bem: o consumidor reduz as compras durante a crise — e já é possível observar esse comportamento durante a pandemia atual.
Então, de nada adianta você produzir mais para aumentar o faturamento. Você só vai gastar mais e ficar com estoque parado, concorda?
Com a redução do faturamento, se faz necessária a redução dos gastos para não comprometer o orçamento.
Algumas estratégias são válidas, como renegociar dívidas, fortalecer a política de cobrança para reduzir a inadimplência e negociar preços com parceiros e fornecedores.
Medidas de emergência para o capital de giro
A fim de garantir capital de giro para enfrentar a crise, você também precisa adotar medidas de emergência e conter os impactos iniciais.
Abaixo, confira três estratégias que ajudam nesse desafio.
Avalie a possibilidade de obter linhas de crédito do governo
Na falta de capital de giro, uma alternativa é recorrer às linhas de crédito oferecidas pelo governo durante a crise de coronavírus.
Anunciada em março pelo governo, uma delas é a linha de crédito emergencial de R$ 40 bilhões: R$ 20 milhões em abril e R$ 20 milhões em maio.
O crédito será liberado para pequenas e médias empresas com o objetivo de pagar o salário de funcionários, como limite de empréstimo de dois salários mínimos por mês para cada colaborador.
Outra medida do governo é a concessão de um auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais, autônomos, microempreendedores individuais (MEI) e desempregados.
Mas é preciso cautela ao recorrer a empréstimo devido às taxas de juros. O ideal é fazer isso em último caso.
Antes de solicitar crédito, é necessário fazer um planejamento financeiro sólido para evitar a inadimplência depois da crise e o famoso efeito bola de neve.
Renegocie dívidas
Para evitar a inadimplência e reduzir custos, também é importante renegociar dívidas.
Se você deve para o banco, entre em contato para chegar a um acordo com condições de pagamento mais vantajosas, com prazos maiores ou juros menores.
Além disso, negocie com parceiros, fornecedores e credores para facilitar os pagamentos e, dessa forma, diminuir os impactos no capital de giro.
Considere a redução da jornada de trabalho
Com os problemas financeiros ocasionados pela crise, a alternativa para muitas empresas é a demissão de funcionários.
Mas, se possível, evite essa medida, não só porque os colaboradores dependem do emprego, mas porque eles são importantes para a sobrevivência da empresa.
Uma alternativa é recorrer à Medida Provisória (MP) 936, que permite redução de jornada de trabalho e salário de colaboradores.
A partir da medida, o empregador pode suspender temporariamente, por meio de acordo com o empregado, o contrato de trabalho por até 90 dias para evitar demissões.
Parte da remuneração do funcionário será complementada pelo governo, tendo como base o seguro-desemprego.
Mas é preciso ficar atento às regras da MP, porque, mesmo com o valor concedido pelo governo, o funcionário pode ter uma queda significativa na remuneração.
Gostou das dicas? Se ficou com alguma dúvida, deixe seu comentário abaixo e compartilhe suas ideias para enfrentarmos juntos esta crise.
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Fonte: https://blog.contaazul.com/
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